domingo, 25 de janeiro de 2009

Fantasmas Urbanos


Na vida diária do povo comum
não fico surpreso com ato nenhum.

Na praça acontece prostíbulo de gente,
de gente que mente,
de gente que sente.
Loucuras a mil entre homens e mulheres,
mulheres à toa
mulheres perdidas,
mulheres sofridas.
Que lutam na noite,
na noite não dormem,
na noite elas comem,
na noite elas somem.
E quando aparecem,
talvez mais cansadas,
talvez arrasadas,
talvez desgraçadas.
Se perdem no mundo,
no mundo de nós,
no nosso mundo.
E quando encontradas,
já são cobiçadas,
já são arrastadas,
pro meio da noite.
Na praça,
na rua,
não importa a altura.
Convivem com loucos,
com loucos modestos,
com loucos honestos,
com loucos corretos.
Pessoas que passam marcando presença
na praça da vida,
encontram feridas,
são elas comuns,
a todos que estão,
presentes na praça
No edifício ao lado.
Figurões sociais,
consomem o normal
o normal do homem,
o normal do animal.
São gente pacata,
que comem com as mãos,
com as mãos calejadas,
com as mãos mal tratadas,
com as mãos mal lavadas.
Sujeira total.
Os homens de preto,
que tem o seu teto,
consomem com tudo que há por ali.
Gozando da vida,
da vida sofrida,
da vida querida,
da vida ferida.
De gente que sente
e chora comigo,
ao ver essa gente.

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