segunda-feira, 15 de junho de 2009

Segue o barco


Sabedoria e Magia
reunidas no mistério infinito
no andar da carruagem

que se vê a fantástica vida passar
nos passos permanentes de buscas sem fim
o conhecimento nutrindo a alma
o pesadelo acordando o ventre materno
o desenrolar dos novelos de lã
agasalhando as peles sem pêlos
sem apelo sem justiça sem erro.

Assim segue o barco a navegar
nas profundezas do ser
no interior de nossos corpos.

A carne seca pelo vento
e o andar desatento de uma nação febril
sem destino, percorrendo rumos sem prumos,
sem medo, sem dor.

Corre nas veias o sangue puro
puro sangue que nos revigora
a todo instante derramando gotas
de inquietação mundial.

Assim segue o barco a navegar
nas profundezas do ser
no interior de nossos corpos...


Famintos de amor
perdidos no tempo
sofridos de dor.

sábado, 25 de abril de 2009

Coração de Feiticeiro


Sempre quando acordo do meu sono reparador, minha mente e meu coração entram em conexão com o mundo visível aos olhos humanos e meus sonhos e minhas idéias ficam em meu leito esperando a noite chegar. Mas o mundo visível aos olhos dos homens é um mundo perdido, de muito sofrimento e dor. Fico triste ao ver isso também. Então me recolho ao meu mundo paralelo onde eu me encontro e ali me abrigo para não pirar. Então encontro a Luz e encontro a paz, onde reforço minhas energias para poder regressar e tentar ajudar as pessoas a se liberarem das angústias, das dores sofridas, dos desalentos, dos desconfortos e do desconsolo da humanidade. Não sei se isso é uma viagem... ou um propósito de vida, sei que isto tudo me faz sentir bem. Poder expressar minhas idéias, minhas opiniões através das palavras e das letras que fluem de meu pensamento e de meu coração...

terça-feira, 31 de março de 2009

Sobrevivente



Existe um mundo encantado em teu ser, existe uma magia que envolve tua existência, onde o amor é marca registrada como tua timidez.

A serenidade desabrochando neste homem que está nascendo e que certamente te levará por caminhos de luz e de esperança, para um futuro melhor aqui nesta Terra...

Um ser humano estampado em tuas ações e em teus esforços para que a vitória venha se confirmar em teus sonhos e em teus objetivos de vida. A firmeza de uma compreensão com as pessoas e a esperteza de uma mente saudável e voraz por conhecimento e sabedoria.

Porém existem as dores de tua existência guardadas no fundo de tua alma, com a esperança de que algum dia isso possa ser curado, e a cura será feita pelas tuas próprias mãos.

O tempo, esse majestoso tempo, que nos indica tudo que passa em nossas vidas. Só ele, somente ele, poderá ser o indicativo das maravilhas que ainda não conheces e os benefícios que a vida vai oferecer-lhe.

Aguarde, estude, pesquise teu ser, tua alma de luz, tua bondade e tua sabedoria, envolva-se com teus sentimentos e coloque para fora todas as tuas dúvidas e todas as tuas certezas. Mostre ao mundo quem tu és, mostre como desenvolver o espírito de brilho que existe em ti. .

Nunca olhe para trás porque os caminhos que foram percorridos já foram, olhe sempre para frente e enfrente os desafios com a cabeça erguida, filho.

Interestelar


Sou de pedra
eterno sonhador
de visões.

Sou de Marte
eterno fogo
de paixões.

Sou de Lua
viajante interestelar
de suas emoções.

Sou puro Netuno
amante de suas ilusões
sonhos e desejos.

Sou Saturno
velho e calejado
com respostas para o mundo.

Sou eterno
retentor da sabedoria
de meus pensamentos.

Sou real
ilusório compulsório.
Sou eu
no invisivel encontro com Deus.

Surpresa


Estar com uma perna só

Não significa que vai cair...

Podemos nos adptar a todas as situações que a vida nos apresenta.

Temos que nos acostumar as oscilações do nosso mundo.

É como estar no mundo da lua.

Às vezes ela está cheia outras está vazia.

E cada ciclo vivemos nossos sonhos...

e cada ciclo os concretizamos.

É a vida, cheias de surpresas.

segunda-feira, 16 de março de 2009

O Despertador Mediúnico


Uma pessoa pode acordar sozinha a qualquer hora da noite, bastando para isso dar a si mesma a sugestão adequada antes de adormecer. Durante os anos 60, um pesquisador na Cidade do Cabo, África do Sul, provou que era capaz de acordar, dando a si mesmo a sugestão mediúnica correta. O sr. W. van Vuurde foi o paciente dessas experiências, realizadas em colaboração com o professor A.E.H Bleksley, da Universidade de Witwatersrand. Van Vuurde descobrira que podia acordar exatamente no horário marcado em um relógio quebrado, mesmo quando não olhava quando manipulava os ponteiros, enquanto ajustava determinado horário. Quando ele explicou que possuia esse talento inusitado ao dr. Bleksley, o professor ficou entusiasmado com a possibilidade de poder testá-lo sob condições mais científicas. Durante uma série de 284 noites não consecutivas, Van Vuurde registrou cuidadosamente todas as horas que acordou durante a noite. Nesse ínterim, em outro lugar da cidade, o professor Blesksley ajustava a esmo um relógio em horário diferente, todas as noites, durante o período em que experiência foi realizada. A tentativa era considerada bem-sucedida quando Van Vuurde acordava, em qualquer noite, a menos de 60 segundos do horário dterminado. Como, normalmente, ele dormia oito horas, as chances de qualquer sucesso em uma noite eram de 160 contra 1. Do total de 284 tentativas, Van Vuurde acordou no horário correto onze vezes. Pode não paracer grande coisa; porém, devido às baixas probabilidades, seu índice de sucesso resultou de uma chance de 250 mil contra 1.


Fonte: O livro dos fenômenos estranhos de Charles berlitz

sábado, 28 de fevereiro de 2009

A Serpente de Penas e os ritmos da terra


Em Chichen Itza, no dia 20 de março de cada ano, no fim da tarde milhares de pessoas vão assistir um espetáculo impressionante e extraordinário, que é a Tomada de Posse da Pirâmide pelo Quetzalcoatl-Kukulcã! O deus de dois rostos, imagem do sol, aparece acima do templo. A grandiosidade do fenômeno demonstra que os sacerdotes maias e toltecas haviam sabido resolver muito bem problemas de vários assuntos, especialmente astronomia e arquitetura. A pirâmide de Kukulcã constitui uma máquina solar fantásticas, um computador que ainda não revelou os mistérios ligados ao tempo e consequentemente ao conhecimento do futuro. Para os pré-colombianos, os ritmos do planeta dependiam intimamente dos ritmos do sol em particular e do cosmos em geral. No dia 20 de março de cada ano, os raios do sol poente que projetam na face norte da pirâmide a sombra lançada pelos degraus do edifício fazem aparecer, como num filme passado em câmara lenta, uma serpente de luz que saúda o equinócio. O corpo deste réptil sagrado é formado por triângulos isóceles nascidos de raios medianos do sol que se oculta no horizonte. O espetáculo dura três horas! Os índios, que seguem religiosamente o aparecimento dos seus deuses antiquissimos, se comunicam em espírito com os sacerdotes desaparecidos, verdadeiros detentores de um saber super-humano. Muita gente vê ou quis ver na pirâmide de Quéops um calendário cronológico que anuncia os grandes acontecimentos do futuro. Em Chichen Itza um pesquisador chamado Cuki Navarro procura penetrar nos enigmas da morada habitada pelos deuses de luz. No livro intitulado Os Últimos Anos da Vida na Terra, Navarro acha que na pedra está inscrita uma mensagem transcendental que teria sido legada a nós pelos toltecas e pelos maias, esses senhores incontestes do tempo. Segundo o autor, o fim dramático da nossa civilização seria devido à passagem de um cometa que tornaria a cortar a órbita da terra!


Fonte: As veias do dragão, de Guy Tarade

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009

A mão petrificada


No verão de 1889, o fazendeiro J.R. Mote, de Phelps County, nas proximidades de Kearney, Nebraska, estava escavando uma caverna, quando encontrou "uma grande pedra marron com peso superior a 10 quilos. Quando a argila foi removida da pedra", de acordo com um artigo publicado na edição de 7 de agosto do San Francisco Examiner, "um grande fóssil, representando uma mão humana fechada, foi revelado. O espécime havia sido quebrado do braço logo acima do pulso, e a marca de um tecido áspero ou de alguma corda estava perfeitamente delineada nas costas daquela mão. Por ocasião da descoberta, nada foi declarado", continuou o artigo, "pois o sr.Mote não pertence à classe de pessoas curiosas".
No entanto, isso logo mudou.
"Um menino da família, cuja faculdade de quebrar começava a se desenvolver, teve a idéia de abrir a mão petrificada. Quando quebrada, para seu espanto, surgiram onze brilhantes pedras transparentes."
O sr.Mote teve curiosidade suficiente, depois dessa reviravolta no curso dos acontecimentos, para procurar um joalheiro, que declarou serem aquelas pedras legítimos diamantes de primeira água, sem nenhuma mancha que pudesse macular ou estragar sua beleza.
" As pedras, prosseguia o artigo, " tem formato praticamente uniforme e assemelham-se a feijões-de-lima. Elas parecem ter sido desgastadas pela água, porém ainda são pedras de grande beleza."

Fonte: O livro do fenômenos estranhos, de Charles Berlitz

A Maldição da Cigana

Durante anos, segundo a lenda, o Derby de Epsom foi importunado por uma maldição, cortesia de uma cigana chamada Gypsy Lee. Certo ano, ao que parece, ela previra que um cavalo chamado Blew Gown venceria o grande prêmio, escrevendo sua previsão em um pedaço de papel para que todos vissem. Um dos proprietários no hipódromo, no entanto, arrogantemente declarou que o nome do cavalo era Blue Gown, e não tinha nenhum "W" no primeiro nome. Indignada com a idéia de parecer idiota, Gypsy Lee rogou uma praga: nenhum cavalo com um "W" em seu nome venceria o Derby de Epsom, enquanto ela vivesse. E nenhum jamais venceu. Ms quando Gypsy Lee morreu, em 1934, sua própria família apostou todo o dinheiro em Windsor Lad, e o cavalo ganhou, pagando 7 por 1.
Fonte: O livro dos fenômenos estranhos, de Charles Berlitz

Um Stonehenge a seiscentos quilômetros do México


Nos meados de julho de 1987 Enrique Flores, que era diretor do Instituto de Astronomia e Metereologia do México, deu uma notícia importante: a descoberta de um observatório astronômico edificado pelos chichimecas na colina de Águila, perto de Cuautiã, a 170 quilômetros de Guadalajara, capital do estado de Jalisco. O observatório se apresenta na forma de uma série de monólitos dispostos de modo tal que a projeção das suas sombras indica com precisão as datas dos solstícios de inverno e de verão. Os cientistas mexicanos descobriram que os raios de luz que passam entre os blocos de pedra revelam as datas do equinócios de primavera e de outono. Para os cientistas, é uma descoberta importantíssima para o estudo da astronomia pré-colombiana. A destruição irrefletida dos arquivos escritos do México da antiguidade foi um drama para a humanidade. Entretanto, poderia muito bem ser que, num lapso de tempo muito curto, um novo Champollion conseguisse fazer falar os monumentos que hoje estão mudos, assassinados por dogmáticos ávidos de ouro.

Fonte: As veias do dragão - Guy Tarade

CHICHIMECAS: era o nome genérico dado pelos mexicas (astecas) a vários povos semi-nómadas que habitavam o norte do que é hoje o México, com o mesmo sentido do termo europeu bárbaros. O nome foi adotado pelos espanhóis com um tom pejorativo para referirem-se sobretudo aos povos semi-nómadas caçadores-coletores do norte do México. Na atualidade apenas um grupo étnico é designado como chichimeca, os Chichimecas Jonáz, apesar de ultimamente esta designação estar a ser substituída por Jonáz ou pelo pelo qual se referem a si mesmos "Úza".








domingo, 22 de fevereiro de 2009

Anjo Azul


Asas brilhantes
na escuridão da noite
Noite onde nossas almas adormecidas
descansam sobre o manto azul do céu
Jogadas ao vento sul
da introspecção do ser
Ordens e honras advindas
das nuvens ofuscantes
aos nossos olhos
Determinado por Deus
para iluminar nossos corações
Corações apertados de dor
e sofrimento
Luz divína que nos ilumina
o caminho sagrado
Unindo nossas mentes
ao infinito
Zeloso, compreensivo
altivo
Anjo Azul.

Amor Carente


Indefinidas flores
num imenso jardim de primavera
foge ao som melancólico de uma dor sem fim
aos corações apaixonados de namorados
Tão pura
tão bela
pequenina flor
cheiro de amor
fluindo de suas entranhas
profundas, gostosas
sem dor
Um dia sem muita pressa
sonha acordada ao cair da madrugada
seu pensamento longe
invade
sem pedir licença
a um coração despreocupado
Passa então nesse momento
a sentir a dor da solidão
Nossos corações batem forte
com a lembrança do fogo ardente que tomou
nosso tempo
arrepios, sussurros do delírio que nos invadiu
Sorriso externo
pensamento eterno
lágrimas de amor correm pelo seu rosto aveludado
como pele de Rosa flor
Seus lábios tremem pedindo amor
seu corpo já não sente a dor
é o amanhã de esperança que renasce
no seu espírito de luta
Que suporta a carência afetiva
de uma realidade monótona.

Amargurado







Sei lá quando vou sossegar

sei lá quando vou me ligar...

não importa o que ficou pra trás

basta ter o que tenho hoje

ninguém respeita a arte de viver

ninguém faz arte se não sobreviver

alguém fez tudo pra te dizer

que amo até amanhecer

livros são mensagens

escritas são homenagens

nós somos iguais

mesmo sendo tão diferentes

espero coisas de tí

como espera muitas coisas de mim

te tenho como deusa

te tenho como esposa

te quero como um louco

perdido no espaço...

nossos espaços de tempo não se

ligam, nossas forças não se

somam mais... e os nossos poderes

estão dividos em partes desiguais...

nossas almas

tomaram rumos diferentes, mas nossos corpos insistem

nesse fogo ardente... que nos corrói e nos deixa fora do ar.

sábado, 21 de fevereiro de 2009

Aos amores que não tem tempo a perder


Tempo necessário
Tempo disponível
Tempo sem tempo de agir conforme o tempo...
Tempo perdido que não podemos recuperar
Tempo de amor
Tempo de amar
Tempo de esperar e ver que o tempo tem limite...
Tempo de sorrir para a vida..
Tempo de limitar seus limites
Tempo de ponderar nosso apetite
Tempo de recolher os vidros quebrados
Tempo de colar o que foi espalhado
Tempo de cobrar o que lhe é devido
Tempo de escutar o que o tempo tem prá sussurrar ao teu ouvido
Tempo de invadir o espaço adquirido
Tempo de pensar no amor mais querido
Tempo de abrir as portas do teu presídio...
Tempo de ser requerido
Tempo de sermos envolvidos
Tempo de sermos mais unidos
Tempo apenas de um espaço de
Tempo que nos tem iludido
Tempo prá pensar
Tempo prá refletir
Tempo que o coração não admite
Tempo que nossas mentes rodam em conflito
Tempo do tempo que não posso perder
Tempo que não posso dizer...
Tempo que talvez possa esquecer
Tempo esse que não faz acontecer
Tempo de se entregar sem abrigo
Tempo de receber teu carinho
Tempo de não termos mais tempo...
Tempo de te ter todo tempo comigo...

Cidade







Na noite perdida de ilusões
gritos, sussurros
por detrás dos muros

Luzes brilhantes
inflamam a vida dos que amam
Correrias para todos os lados
veículos em alta velocidade
destroem o silêncio solitário... da noite

Ferozmente, enegrece o momento
enfurece os deuses
enlouquece os loucos
normal

Corpos suados... cansados... amados
se perdem na madrugada orvalhada
se unem se juntam
por acaso
por prazer
por um caso
o que fazer?

Cantorias ao amanhecer
preparam o Sol que vai nascer
calçadas vazias
O guarda noturno.
Amarra o coturno
termina seu turno
prepara a marmita... vazia
para seu sono diurno

No mesmo momento
acompanha o evento
um operário sonolento
Com sua pastinha... batida
surrada pelo tempo
em rumo ao trabalho
de bicicleta
comprada zerinho...do seu antoninho...que é seu vizinho...

E lá no mercado,o cheiro de peixe
está bem mais forte
e não há quem não se queixe
do cheiro da morte

E a Dona Maria, com a bolsa vazia
prepara seu troco, prás compras do dia
arruma as crianças
prá o estudo enfrentar
Na Luzia umas tranças
com José...ora...tem problemas, pro sapato amarrar
São pessoas humildes que vivem ai
de manhã... estudam
a tarde... trabalham
pedindo esmolas na praça da Alfândega
pedindo troquinho prá uma almôndega
às vezes conseguem...se alguém tem
voltam prá casa a tardinha
encerram seu dia
com barriga vazia

O brilho da noite chegou novamente
nos corações ardentes de amor
nas ilusões perdidas da noite
gritos, sussurros...de dor.

sexta-feira, 20 de fevereiro de 2009

Entre outras coisas


Entre os gnomos de meu jardim
ouço a música de meus sonhos...


Entre os rumores de meus pensamentos
ouço o som da natureza...


Entre as fadas de meus sonhos
ouço a flauta mágica de meus sabores...


Entre os querubins de meus guardiões
ouço a eterna magia de minha alma...


Entre o ventre de minha mãe terra
ouço as águas de minha sobrevivência...


Entre os espinhos de uma rosa
ouço a dor de minha aurora...


Entre as gramas de meu chão
ouço as vozes do amanhã...


Entre minhas vozes internas
ouço a eterna paixão...


Entre você e eu
ouço o pulsar forte de nossos corações...


Entre o eterno e o absoluto
ouço a esperança de um futuro próximo...


Entre sons e lamúrias
ouço a tristeza de um desencanto...


Entre as margens de um rio fluente
ouço os apelos de nosso povo...


Entre essas e outras coisas
ouço um grito da liberdade.

terça-feira, 17 de fevereiro de 2009

As palavras




As palavras vêm
como gotas de orvalho que alimentam as flores de meu jardim...
formando cores e construindo amores
por onde passam sem restrições.

As palavras vêm
em forma de som nas mentes poéticas de nossos tempos...
formando conjuntos harmoniosos de letras coloridas em nossos corações.

As palavras vêm
em nossas mentes como um pedido de entendimento...
formando os pares perfeitos e imperfeitos por várias gerações.

As palavras vêm
com sentido ou sem sentido...
formando a compreensão humana ou destruindo uma nação.

As palavras vêm
em forma de promessas...
formando esperança de um povo.

As palavras vêm
com a força da paixão...
formando os casos por acaso e as discussões.

As palavras vêm
em forma de comunicação...
formando a eterna harmonia da mente ao coração.

Sonhos


Não imprimo sonhos
Nem escrevo fantasias
Procuro sempre transformar a vida em poesia.

Não reprimo idéias
Nem discrimino cores
Apenas invento amores.

Não redijo flores
Nem peço favores
Contamino a alegria com a minha harmonia.

Não desejo milhões
Não sofro as dores
De um dia de horrores.

Não sou seus sonhos
Nem tampouco suas idéias
Não sou seu jardim de flores.
Mas tenho milhões de amores

Determino as cores
De seus favores
E sinto as dores de sua alma ferida.
Escrevo poesias de meus amores
Recordando as flores de sua vida querida...

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Almoço de domingo


Domingo ensolarado, faz muito frio, o almoço de domingo começa a ser preparado. Logicamente na região Sul deste imenso país o almoço de domingo é churrasco. Oito horas da manhã começam os preparativos para acender o fogo na churrasqueira. Primeiro monta-se a churrasqueira improvisada, com tijolos catados nas obras da vizinhança, junta-se jornal velho, depois pedaços de madeiras, tocos, paus e gravetos e mais um detalhe, uma lona preta esticada em cima da churrasqueira caso chova. Toca fogo na churrasqueira, tchê! Em churrasco de gaúcho pobre, a receita é esta: salsichão com pão, asas de frango queimada na ponta, um engradado de cerveja, um litro e meio de cachaça da boa, de preferência Tremapé, um litrão de refri, salada de tomate e cebola, quando tem. Mas o melhor disso tudo é comer com as mãos, de improviso. Dez horas da manhã, quando o pagode já tá pegando nos fundos do quintal, a cerveja e a caipira estão no auge da conversa, chega um vizinho gordo que sempre aparece atrasado e se diz que é o melhor churrasqueiro da zona. Camiseta de física, chinelo-de-dedo, com um pano de prato encardido jogado ao ombro. O pano é usado para limpar os espetos, secar o suor do rosto, limpar a mesa e as cadeiras. Além do mais o pobre coitado bebe que é um condenado. O rolo já começou a ser formado, o gordo é atrevido e quer dançar com a mulherada. Sempre aparece um outro vizinho que quer aproveitar o fogo que a gente fez para não gastar, a gente deixa ele assar o churrasco, porque trouxe uma costela bem gorda e especial de primeira. Lá por perto do meio dia chega uma tia e o tio com os primos que vieram de longe. A tia trouxe salada de maionese para colaborar com a churrascada. Na minha opinião acho que os parentes vem pra almoçar pelo cheiro, porque sempre aparece mais um. A casa começa a ficar lotada... a fumaceira da churrasqueira atrai a cachorrada da vizinhança que vem com uma esperança de um osso para roer. As crianças correndo e gritando na volta pedem um pedacinho e o pessoal da cerveja não tá nem ai pra elas. - Vai pedir pra tua mãe um pouco de salada da tia - alguém sugere. Uma hora da tarde tá pronto o osso. Vamos almoçar! O pessoal da cerveja pode esperar, primeiro as crianças depois os marmanjos. Três horas da tarde o pagode rolando, terminou a cerveja. Junta um pila de cada um e vai até o armazém do Zé, que geralmente a esta hora, tá fechado. Batem na porta dos fundos do boteco até acordar o Zé. Então compra-se mais um engradado para terminar o dia.

segunda-feira, 9 de fevereiro de 2009

Por onde?


Por onde anda o amor
em todo o sentido da palavra
Por onde anda a pureza de nossas almas...
Por onde anda a ternura
que a todos acalenta
Por onde anda a loucura de nossos atos...
Por onde anda a formosura
que nos fissura
Por onde anda a chuva de nossas lágrimas...
Por onde anda a censura
que nos proibe
Por onde anda a amargura de nosso sofrimento...
Por onde anda a leveza
de tuas palavras
Por onde anda a guerreira que nos enfrenta...
Por onde anda a destreza
de nossas jornadas
Por onde anda a aventura que nos leva...
Por onde anda o sorriso
que em tua boca exalta
Por onde anda o brilho de nossos olhos...
Por onde anda a imagem
que nos reflete nos espelhos
Por onde anda nossas conquistas que sumiram por encanto...
Por onde andamos
a está altura de nossas vidas
por onde?

Mudança


Vou partir de um principio ativo em minha vida
Vou pegar um gancho para expressar nas letras meus pensamentos.

Não posso modificar as pessoas que estão a minha volta
Mas posso modificar-me para as pessoas se modificarem.

Posso dar exemplos de mudanças em minha vida
Mas não posso exigir que esses exemplos sejam seguidos.

Posso ser a inspiração de um poema
Mas não posso determinar que ele seja lido.

Posso ser o exemplo de um ser humano
Mas não posso maximizar este atributo.

Posso ser um mestre em meus conhecimentos
Mas não posso alterar dos outros o sentimento.

Posso ser completo para a vida.
Mas não posso completar a vida dos outros.

domingo, 25 de janeiro de 2009

Alma desiludida


Hoje a angústia,
o desapego
tomou conta mim...
minha alma está machucada
por não tê-la ao meu lado...

Tudo foi um encanto
tudo foi um engano
meu sorriso se fechou
e meu ser se quebrou....

Onde eu via a luz de teus olhos
agora fechou...
onde eu via o brilho de teu sorriso
agora tudo acabou...

Sinto dentro de minha alma
a dor insuportável do ser...
esta dor infinita que não me deixa
te esquecer...

As lágrimas correm de meus olhos
em busca do brilho de teu sorriso
onde guardo em meu peito...
esta parte de meu abrigo...

Fale um pouco comigo
diga o que sente realmente
se isto for muito...
entre somente em meu mundo
nem que seja por sonho...
nem que seja somente por uma ilusão...

De amor e lágrimas estou vivendo
de sonhos e esperanças estou morrendo
de lamas e tramas estamos sobrevivendo
beijo-a através da poesia...
talvez até um dia..

Fantasmas Urbanos


Na vida diária do povo comum
não fico surpreso com ato nenhum.

Na praça acontece prostíbulo de gente,
de gente que mente,
de gente que sente.
Loucuras a mil entre homens e mulheres,
mulheres à toa
mulheres perdidas,
mulheres sofridas.
Que lutam na noite,
na noite não dormem,
na noite elas comem,
na noite elas somem.
E quando aparecem,
talvez mais cansadas,
talvez arrasadas,
talvez desgraçadas.
Se perdem no mundo,
no mundo de nós,
no nosso mundo.
E quando encontradas,
já são cobiçadas,
já são arrastadas,
pro meio da noite.
Na praça,
na rua,
não importa a altura.
Convivem com loucos,
com loucos modestos,
com loucos honestos,
com loucos corretos.
Pessoas que passam marcando presença
na praça da vida,
encontram feridas,
são elas comuns,
a todos que estão,
presentes na praça
No edifício ao lado.
Figurões sociais,
consomem o normal
o normal do homem,
o normal do animal.
São gente pacata,
que comem com as mãos,
com as mãos calejadas,
com as mãos mal tratadas,
com as mãos mal lavadas.
Sujeira total.
Os homens de preto,
que tem o seu teto,
consomem com tudo que há por ali.
Gozando da vida,
da vida sofrida,
da vida querida,
da vida ferida.
De gente que sente
e chora comigo,
ao ver essa gente.