sábado, 28 de fevereiro de 2009

A Serpente de Penas e os ritmos da terra


Em Chichen Itza, no dia 20 de março de cada ano, no fim da tarde milhares de pessoas vão assistir um espetáculo impressionante e extraordinário, que é a Tomada de Posse da Pirâmide pelo Quetzalcoatl-Kukulcã! O deus de dois rostos, imagem do sol, aparece acima do templo. A grandiosidade do fenômeno demonstra que os sacerdotes maias e toltecas haviam sabido resolver muito bem problemas de vários assuntos, especialmente astronomia e arquitetura. A pirâmide de Kukulcã constitui uma máquina solar fantásticas, um computador que ainda não revelou os mistérios ligados ao tempo e consequentemente ao conhecimento do futuro. Para os pré-colombianos, os ritmos do planeta dependiam intimamente dos ritmos do sol em particular e do cosmos em geral. No dia 20 de março de cada ano, os raios do sol poente que projetam na face norte da pirâmide a sombra lançada pelos degraus do edifício fazem aparecer, como num filme passado em câmara lenta, uma serpente de luz que saúda o equinócio. O corpo deste réptil sagrado é formado por triângulos isóceles nascidos de raios medianos do sol que se oculta no horizonte. O espetáculo dura três horas! Os índios, que seguem religiosamente o aparecimento dos seus deuses antiquissimos, se comunicam em espírito com os sacerdotes desaparecidos, verdadeiros detentores de um saber super-humano. Muita gente vê ou quis ver na pirâmide de Quéops um calendário cronológico que anuncia os grandes acontecimentos do futuro. Em Chichen Itza um pesquisador chamado Cuki Navarro procura penetrar nos enigmas da morada habitada pelos deuses de luz. No livro intitulado Os Últimos Anos da Vida na Terra, Navarro acha que na pedra está inscrita uma mensagem transcendental que teria sido legada a nós pelos toltecas e pelos maias, esses senhores incontestes do tempo. Segundo o autor, o fim dramático da nossa civilização seria devido à passagem de um cometa que tornaria a cortar a órbita da terra!


Fonte: As veias do dragão, de Guy Tarade

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Dê sua opinião: